PROXIMO TEMA: MOLHO DE TOMATE





06 dezembro 2010

Risotos



 
Foto: Google



Após umas pequenas férias forçadas, estou de volta. Hoje vamos falar um pouco sobre o risoto, este delicioso prato italiano. Mas, antes de começar, gostaria de parabenizar a minha irmã Bia Lacerda e a Chez vous (empresa criada por ela, Aline Cury e Catherine Fernandes) semana passada  fizeram um serviço impecável no jantar do grupo dos Companheiros da boa mesa, apreciado por todos que lá estavam e comentado pelo ilustríssimo Reinaldo Paes Barreto, companheiro da boa mesa, jornalista e colunista do blog Vinhos e Coisa e Tal. Vale Conferir! (o link está nos favoritos) 
Agora "curujices" á parte, vamos ao que interessa! 
A palavra Risotto, como se escreve em italiano, significa pequeno arroz. Este prato provém da região de Lombardia, na Itália, antes dominada pelos Sarracenos, que trouxeram os grãos para preparação desta iguaria gastronômica. O risoto é um prato que eu considero uma "comida confortante" devido a sua cremosidade. Esse efeito "cremoso"  ocorre devido ao amido presente no arroz, por isso é bom lembrar que NUNCA se lava o arroz para o risoto.
Segundo minhas pesquisas, o risoto era um prato tipicamente campones já que alimentava e por ser rico em carboidrato, fornecia energia nescessária para o resto do dia.
A receita original surgiu por volta de 1574 por acidente. Nesta época muitas catedrais e igrejas estavam sendo construidas como a catedral Duomo di Milano. Nessa época também, o açafrão, hoje iguaria gastronômica, era usado como pigmento de tintas, devido a sua coloração amarela/dourada.
Reza a lenda que o cozinheiro colocou no caldo do risoto, açafrão por acidente, dando ao prato uma coloração dourada. Assim nasceu o Risotto alla milanese.
O que me encanta no risoto é a sua versatilidade. Esse prato pode ser feito como acompanhamento para uma carne, pode ser servido como prato principal e possuir os mais variados sabores.


Arroz arbório - foto:Google

Existem vários tipos de grãos de arroz. Para o risoto 3 tipos são recomendados: Artbório, Canaroli e Vialone nano.
Arborio: é o tipo mais fácil de encontrar nos mercados. É indicado para um risoto mais leve, de consistencia bem cremosa como uma "sopa".
Canaroli: esse tipo de grão é rico em amido o que faz do risoto mais consitente.
Vialone nano: esse grão é o mais difícil de encontrar. Esse é o menor dos grãos e famoso por ser o grão que mais absorve o sabor.

Foto:: Google

RECEITA BASE DE RISOTO

1 cebola média contada em cubinhos
200 gr de arroz para risoto de sua preferência
1 taça de vinho branco
1 litro de caldo de sua preferência (legumes, frango, carne, camerão, etc)
Queijo parmesão de boa qualidade á gosto ( eu uso 100a 150 gr)
2 colheres de sopa bem cheia de manteiga, aproximadamente 100 gr
Pimenta branca moída na hora
Noz moscada ralada na hora

PREPARO:

Para essa receita você vai precisar de duas panelas, uma para o caldo e outra para o risoto. Em uma panela coloque o caldo, que pode ser feito em casa ou pode ser industrializado, para ferver.
Na outra panela coloque a metade da manteiga e some a cebola. Mexa bem até a cebola ficar transparente, cuidado para não dourar a cebola, pois a intensão é que a cebola desapareça.
Some o arroz e mexa um pouco. Some então o vinho branco. O segredo é mexer sempre para o liquido encorporar bem e não colar no fundo. Assim que o vinho incorporar bem ir somando concha por concha o caldo escolhido. Às vezes não usamos todo o caldo.
Some então o parmesão, desligue o fogo e mexa vigorozamente. Some a manteiga e mexa até que ela derreta. 
O ponto certo do risoto é al dente ou seja levemente duro, como se o arroz não tivesse todo cozido. Na caixinha do arroz vem o tempo de cozimento do grão. Ai vai do gosto de cada um.
A partir dessa receita você pode somar o que gostar, aspargos, camarão, funghi, cogumelos frescos de sua preferência, enfim, o que gostar.

Boa leitura e Bon appétit!

25 outubro 2010

Dia internacional da dieta!




Foto: Google


Segunda-feira, dia internacional da dieta! Toda segunda, nós mulheres ficamos nos lamentando por ter abusado dos quitutes no final de semana e impreterivelmente no começo da semana resolvemos começar uma dieta. Todas nós sabemos que o circulo vicioso irá se repetir toda semana, mas, não deixa de ter um efeito placebo que nos faz sentir menos culpadas.
No começo até achamos que é facil, principalmente se comemos fora na hora do almoço.
Pensamos "Oba! Comida a kilo, excelente! Tenho muitas opções de saladas, verduras, legumes, grelhados e frutas. Vai ser fácil fazer uma dietinha." No primeiro e no segundo dia tudo corre bem, mas conforme a semana vai passando, lembramos que a comida a kilo além da vasta opção light, também possui uma grande opção de salgadinhos, friturinhas, churrasco, isso sem contar com a mesa das sobremesas!
Dai quando chega quarta-feira pensamos "Ah, uma coxinha não engorda tanto, uma fatiazinha de torta alemã não faz mal..." E ai, minha amiga leitora, meu amigo leitor, como já não fizemos a dieta direito, acabamos voltado a estaca zero e deixamos para  começar uma nova dieta na próxima segunda-feira.
É em homenagem ao dia internacional da dieta que eu vou dar hoje duas receitinhas para vocês. Uma light, baseada na dieta mediterrânea e outra "engordiet" em homenagem ao meu maridão que além de adorar essa receita, completa 35 anos essa semana.
Vamos ao que interessa e feliz dia internacional da dieta!

Foto: Google



Caponata de berinjela
 
1 berinjela grande ou duas médias
1 pimentão vermelho ou verde ou amarelo grande
2 cebolas 
100 gr de passas brancas ou pretas (eu prefiro as passas pretas)
Castanha de cajú grossamente quebradas á gosto (eu coloco cerca de 1/2 copo)
1 copo de azeite de boa qualidade (acidez máxima 0,5) ou o quanto baste.
Sal e pimenta branca á gosto
Opcionais: azeitonas verde ou pretas, alcaparras, anchovas e alho assado.
 
Preparo:
 
Corte todos os ingredientes, com excessão das passas e os opcionais, em cubos de mais ou menos 2 cm. Reserve.
Separe um recipiente onde você vai armazenar a caponata e coloque as passas, pois conforme os ingredientes quentes forem ficando prontos, o calor irá amolecer as passas.
Em uma frigideira, coloque um pouco do azeite , deixe esquentar bem e coloque a berinjela. Salteie até que fique macia e dourada, mas sem desmanchar. se nescessário coloque mais azeite já que a berinjela absorve bastante.  Coloque no recipiente.
Repita a operação com todos os demais ingredientes. Não precisa mudar de frigideira. Some os opcionais desejados. Depois de tudo pronto, regue com azeite, não precisa cobrir, somente umidecer. Guarde na geladeira e sirva como salada ou como antepasto.
 
 
 
Para o alho assado: Pegue uma cabeça de alho, corte o topo onde os dentes fiquem expostos, conforme a foto. Regue com um azeite de boa qualidade (não economize é para regar bem), se quizer coloque ervas como alecrim, tomilho, orégano, dentre outras. Salpique sal grosso e asse em forno médio por pelo menos 40 minutos. lembre que o alho deve ficar dourado.
Essa receita vale á pena fazer, pois o alho fica adocicado, por incrível que pareça.
Essa receita pode ser servida como antepasto italiano, pode ser um toque em torradas de pão italiano ou como base de pastas.
 

Foto: Google
Bolo Gelado (receita da minha sogra)

1 lata de creme de leite sem soro
1 lata de leite de vaca
3 ovos (claras e gemas separadas)
1 lata de leite condensado
3 colheres de sopa de açúcar
Baunilha (opcional)

Para calda:

200 ml de água
8 colheres de sopa de achocolatado em pó.

Preparo:

Em uma panela coloque a água e o achocolatado. deixe ferver um pouco até que fique um pouco encorpado e o achocolatado bem dissolvido. Coloque na forma de pudim. Se você não quizer que a calda se misture com o bolo, leve a forma para o congelador, caso contrário, deixe em temperatira ambiente.
Coloque o leite condensado, o leite de vaca, a baunilha(opcional) e as 3 gemas em uma panela. Leve ao fogo e mexa bem (gente não pode parar de mexer senão cola no fundo e empelota) até formar um mingau. deixe esfriar.
Enquanto isso bata as claras em neve com o açúcar, encorpore aos poucos o creme de leite sem soro, lembrando que é de baixo para cima para a clara não murchar.
Misture com o mingau já frio, com o mesmo processo, de baixo para cima. Coloque na forma e congele.
Para desenformar retire do congelador, espere 2 minutinhos, passe a faca na lateral para desgrudar e vire.

Gente, antes que eu me esqueça, a receita do pão de queijo pode ser feita a metade!!!

Bon appétit!!!

24 outubro 2010

Dia de mineiro...




Foto: Google

Ontem eu tive uma tarde de mineira. Para quem não sabe sou alucinada por queijos, de qualquer tipo e de qualquer origem. Acho que esse paladar vem de familia, já que no meu caso a minha avó por parte de pai era mineira, o meu avô é português e a minha tia mora em BH a mais tempo que consigo lembrar. Logo, ontem de tarde me deu uma vontade louca de comer aquele pão de queijo quentinho, que derrete na boca. Mas aí estava o problema, pois eu não tinha uma receita de pão de queijo. Então, como blogeira, jornalista, chef de cozinha e principalmente curiosa que sou, resolvi dar uma olhada em blogs e sites de receitas, procurando uma receita que fosse fácil, rápida e que sujasse menos louça possível. Entrei em vários sites, até conheci um blog muito bacana, o da Vovó Cristina que foi muito simpática e me atendeu quase que prontamente, quando pedi uma receita de pão de queijo de liquidificador. Vale á pena checar gente, o link está nos meus favoritos. 
Como jornalista também, aproveitei para fazer uma pesquisa sobre a origem do famoso pão, que hoje faz parte de quase todos os laches e coffe-breaks do Brasil. 
Embora o pão de queijo seja uma referência da cozinha mineira, a sua origem possui algumas versões. Historiadores especulam que pão de queijo exista desde o século XIX embora tenha se tornado popular no brasil na década de 1960.
Estudos dizem que o pão de queijo surgiu na época dos escravos. A mandioca era a base da alimentação indidígena brasilleira. O ovo e o leite são herança da colonização portuguesa que com o polvilho, reinventaram o pão de queijo.
Outros indícios sugerem que a receita tenha aparecido em fazendas de Minas, quando as cozinheiras preparavam para servir seus senhores tendo em vista a grande oferta de ovos e leite pela expansão da pecuária. Comer pão de queijo após as refeições era hábito antigo, mas no século XIX, o queijo que sobrava endurecia e a farinha que chegava até as fazendas não era de boa qualidade, então as cozinheiras ultilizavam o polvilho nas receitas de pães.
Somente na década de 1960, o pão de queijo expandiu, principalmente em Minas Gerais. Na mesma época começou o desenvolvimento das quitandas. Rapidamente, quase todo o país consumia e apreciava essa iguaria, que tornou-se tipicamente mineira.
Agora vamos ao que interessa: a receita. Como chef de cozinha que sou, isso me torna um pouco incapacitada de seguir qualquer receita ao pé da letra. então fiz algumas modificações na receita que resolvi seguir. Esse pão de queijo é de liquidificador, cresce muito, bem leve, pode ser aquecido no dia seguinte (não fica fofo como no dia, mas continua gostoso, é só não guardar na geladeira) e além de tudo fica uma delícia!!!

Foto: Google





Pão de queijo de liquidificador

1/2 copo de óleo de soja
2 ovos
2 copos de leite
1 colher de chá de sal
2 1/2 copos de polvilho doce
60 gr de queijo ralado tipo parmesão
60 gr de queijo tipo minas padrão ou curado, eu usei o queijo minas madredeus que é bem seco e saboroso.

Preparo:


Foto: Google

Pré aqueça o forno.
Bata todos os ingredientes no liquidificador por dois minutos, ou até que a massa esteja bem lisa.
Unte as forminhas, tipo de empadinhas, com óleo de soja e preencha com a massa, mas não coloque até a boca, pois pode transbordar. Eu coloquei por cima de tudo queijo ralado.
Asse em forno alto, por mais ou menos 20 minutos ou até crescer e durar.

Bon appétit!!!

20 outubro 2010

Resultados...




 
Foto: Google

Ontem passei a tarde toda testando novas receitas para incrementar o meu cardápio e o cardápio dos meus clientes. O primeiro passo foi fazer uma garimpagem nos meus livros de receita para escolher as que tinham mais potencial. Assim, tivemos as vencedoras: Focaccia, grissinis, dois tipos de molho para servir com bolinhas de queijo ou carnes fortes como pato, porco e até frango ou camarões empanados.
As massas foram receitas que eu aprendi na minha aula de panificação na faculdade de gastronomia e o os molhos eu extrai do livro Comidinhas, deliciosas receitas de antepastos, tapas, mezzes e entradas da Jennifer Joyce - Ed Publifolha.
Como eu não resisto, sempre acabo alterando um pouco as receitas pois, além de dar um toque particular às minhas receitas, as vezes discordo da forma de preparo. Isso é uma das coisas que me encanta na gastronomia, a versatilidade das receitas! Nada é imutável, nada é rígido e você sempre pode dar um toque especial para adaptar uma determinada preparação ao seu paladar, incluindo ou excluindo um determinado ingrediente.
Bom gente, chega de enrrolação e vamos ás receitas.


Focaccia Bread
Foto: Google
 Focaccia

Ingredientes:

500 gr de farinha de trigo
20 gr de fermento biológico fresco (eu uso o fleshman - o que se guarda na geladeira)
10 gr de sal refinado
Alecrim o quanto baste (lavado e desfolhado)
25 gr de manteiga
25 gr de azeite
275 gr de água (nesse caso o peso da água é igual ao de ml, logo 275 ml)
15 gr de sal grosso
1 colher de café de açúcar

Preparo

Dissolva o fermento biológico na água morna (cuidado com a temperatura da água pois, se estiver muito quente mata o fermento) e some o açúcar. Acrescente os demais ingredientes, exeto o alecrim eo sal grosso. Trabalhe bem a massa até que ela fique elástica. Isso demora mais ou mendos 10 minutos para acontecer. Unte uma assadeira com azeite e coloque a massa. fure com os dedos, mas sem chegar até o final da assadeira. Coloque o alecrim e o sal grosso e regue com azeite. Deixe a massa descansar por 40 minutos. Asse por 15-20 minutos a 170º -200º C.
A focaccia tem variações, você pode somar á massa 50 gr de tomate seco depois que ela ficar elástica e homogeneizar, descansar e assar.



Foto: Google
 Grissini

Ingredientes

300 gr de farinha de trigo
150 gr de leite ou água (eu usei leite)
75 gr de manteiga
10 gr de fermento biológico fresco
5 gr de sal
30 gr de queijo parmesão
1 colher de café de açúcar

Preparo

Dissolva o fermento no leite morno com o açúcar. Some todos os ingredientes menos o queijo ralado. Trabalhe a massa até que fique lisa. Adicione o queijo ralado. Deixe descansar por 20 minutos. Passado o tempo corte em tiras e enrrole. Caso de alguma coisa errada na hora de enrrolar, separe e deixe por último, pois uma vez manipulada a massa perde eslasticidade. Depois de prontos os palitos, pincele água e coloque queijo ralado ou gergelim ou ervas finas, enfim  o que quizer. Asse em forno á 170°-200 °C por 15 min ou até dourar.



Foto: Google


Molho de tamarindo e gengibre

2 colheres de sopa de poupa de tamarindo
130 ml de água
2 colheres de sopa de açúcar mascavo
1/2 colher de chá de erva doce
1 pitada de cominho em pó
1/2 de chá de gengibre ralado
1 colher de chá de suco de limão
1/2 colher de chá de sal
Mel quanto baste.

Preparo

Aqueça a água e some o tamarindo e todos os ingredientes. Ferva e pressione o tamarindo para tentar dissolver o máximo. Deixe esfriar e penere para tirar as fibras e os carosos e as ervas. Volte com a mistura para o fogo e some o mel até ficar agridoce. Sirva com carnes ou queijos variados como provolone e coalho grelhado.


Bon appétit!!!

19 outubro 2010

Dia de testes!

Foto: Google

Hoje tirei a tarde para fazer testes. Vou testar novas receitas para poder estar dividindo com vocês todas as que deram certo. Na minha lista hoje estão: focaccia, grissinis, flan de queijo com tomates dentre outras.
Ainda bem que eu tenho uma ajudante que limpa a cozinha depois dessa farra toda! Até mais tarde com o resultado.

18 outubro 2010

De volta a comida italiana





Fotos: divulgação
Foto: Google

Mais uma vez, por motivo de força maior (trabalho) tive que abandonar esta cozinha, o que me levou a ter inspiração para este post.
Como eu já havia dito a vocês eu trabalho fazendo quiches, tortas, patês, chutneys e pequenos jantares. Esta semana fiz um jantar para comemorar um aniversário em família para 11 pessoas. O menú escolhido pela cliente foi bem variado devido a tolerância de alguns convidados, pois uns eram vegetarianos, outros alégicos a camarão e o aniversariante não comia nada que tivesse penas (ave). Esses "poréns" me deram a idéa de trabalhar um menú italiano já que massa todos comem.
Então o jantar ficou assim: para as entradinhas :canapé de tomate confit e ricota temperada, bolinha de queijo com chutney de frutas, crepese de salmão defumado com sour e cream e caviar e sopinha de cenoura com perfume de curry.
Para a entrada foi uma salada com molho oriental e atun na crosta de gergelim.
Para os pratos principais foram um trio de massas: mini penne com molho de limão siciliano, aspargos frescos verdes e camarão, mini penne com molho de manjericão (a receita está logo abaixo) e espaguete com molho matricciana e crispy de parma.
E para fechar com chave de ouro, uma mousse de chocolate meio amargo e uma torta de morangos, torta essa que vocês já tem a receita.
Uma outra opção de sobremesa seria uma panna cotta, sobremesa típica italiana que consiste em um flan de creme de leite fresco coberta com uma calda de frutas vermelhas, não preciso nem dizer que é DELICIOSO! Mas não se preocupem, pois a receita vai a seguir. Caso algum de vocês, meus leitores tenham alguma dúvida, não hesitem em escrever um comentário ok? Espero que gostem!
Bon appétit!!!

Foto: Google
Massa com molho cremoso de manjericão

200 ml de creme de leite fresco
1/2 cebola cortada em cubinhos (brunoise)
1 colher de chá bem cheia de manteiga
Um punhado de folhas de manjericão ( que encha uma mão)

Preparo:

Em uma panela derreta a manteiga e some a cebola. Cozinhe a cebola em fogo médio, para baixo, pois queremos somente suar a cebola e não dourá-la. Em qualquer molho claro que leve cebola e alho, lembrem-se de nunca dourar pois, isso dá um aspecto feio ao prato.
Some o creme de leite fresco e deixe evaporar um pouco para ganhar um pouco de consistência.
Leve a mistura para o liquidificador e bata junto com as folhas de manjericão.a mistura deve ficar um tom de verde bem claro. Se gostar pode colocar mais manjericão. tempere com sal e pimenta a gosto e sirva com a massa escolhida. Se quizer, depois do molho pronto misture umas folhinhas de manjericão.
Ah, antes que eu me esqueça, NUNCA batam no liquidificador o creme de leite frio pois ele vira chantilly. Precisa sempre aquece-lo antes para isso não acontecer.
Essa massa pode ser servida com iscas de frango.  Espero que gostem!


Foto: Google

Panna Cotta

400 ml de creme le leite fresco ( gente para essa receita sempre usar o de rótulo azul para chantilly)
1 terço de fava de baunilha
3 folhas de gelatina incolor ou vermelha (caso você queira rosa)
40 gr de açúcar

Para a calda

150 gr de frutas silvestres frescas ou congeladas ( gente é fruta congelada e não poupa de fruta)
30 gr de açúcar
150 ml de água

Preparo

Abra a fava de baunilha e remova as sementes com a faca. Coloque em uma panela junto com o creme de leite fresco e o açúcar. Coloque a vagem da baunilha também.  deixe ferver, mas tome cuidado pois, assim como o leite, o creme de leite sobe e entorna. Desligue o fogo. Umedeça as folhas de gelatina em água, some a mistura, sem a agua . Misture bem e coloque na forma desejada. leve à geladeira até endurecer.

Calda

Coloque todos os ingredientes em uma panela e deixe ferver até formar uma calda grossinha, não muito. Caso você queira pode peneirar a calda para ficar bem lisa.  Deixe esfriar.

Apresentação

Se quizer pode colocar em copinhos, como na foto ou para desenformar basta aquecer pouco a forma e virar em um prato como se fosse um pudim. Cubra com a calda e voilá!

10 outubro 2010

Para os chocólatras de plantão


Foto: Google
Domingo chuvoso, friozinho, pede uma comida, que eu chamo de comida confortante. Em outras palavras CHOCOLATE! Okay uma sopinha cremosa cai bem também, mas o chocolate fala por si só.
O chocolate é uma das fontes mais antigas de energia. Segundo pesquisas o chocolate vem sendo usado como bebida desde o começo dos tempos. A civilização maia já cultivava o cacau, fruta essa que eles extraiam as sementes, temperavam, geralmente com baunilha e pimenta e faziam uma bebida chamada de xocoalt. Bebida essa que eles acreditavam combater o cansaço e quando consumida em rituais religiosos, trazia sabedoria, pois era um alimento enviado pelos deuses. Resíduos de chocolate encontrados em uma peça de cerâmica de Río Azul, na Guatemala, sugerem que já utilizado como bebida desde 400 d.C.
Em novembro de 2007, um grupo de arqueólogos descobriu vestígios de uma plantação de cacau datada de 1100 a 1400 a.C, em Puerto Escondido Honduras. Pelo tipo de recipiente e resíduos encontrados, concluiu-se que se produzia uma bebida alcoólica através da fermentação da parte branca dos frutos.
O cacau era tão valorizado na América pré-colombiana que seus grãos eram usados como moeda e após a colonização como forma de pagar os impostos.
O chocolate só foi apresentado para a Europa após a derrota dos Astecas por Cortez no fim do sec. XVI e passou a ser consumidos pelas cortes européias em forma de bebida.
Em 1657, em Londres, na Inglaterra, foi inaugurada a primeira chocolataria e em 1689, na Jamaica, o famoso médico e boticário Hans Sloane desenvolveu uma bebida a base de leite e chocolate. Inicialmente usada por boticários e mais tarde vendida para os irmãos Caldbury.
A forma do chocolate só foi mudar após a revolução industrial, ganhando assim a forma que tem hoje.
Foto: Google

“O chocolate tem lugar cativo na história das colonizações: foi o primeiro sabor americano a ganhar uma boa clientela européia. É uma primazia considerável, se pensarmos na santíssima trindade das plantas avidamente incorporadas ao gosto do Velho Mundo – o chá e o café também foram adotados com prazer, mas o cacau chegou na frente.” Revista de historia da Biblioteca Nacional Edição 43 abril  2009
O chocolate possui vários tipos.

Foto: Google

Amargo: que é feito com os grãos torrados sem adição de açúcar ou leite e deve ter no mínimo 35% de cacau, segundo normas européias.
Chocolate ao leite: leva leite ou leite em pó na sua convecção e deve ter no mínimo 25% de cacau em sua composição, segundo normas européias.
Couverture: é o chocolate rico em manteiga de cacau, utilizados pelos profissionais chocolateiros. Possui 70% de cacau e 40% de gordura.
Chocolate branco: é feito com manteiga de cacau, leite, açúcar e lecitina. O chocolate branco foi inventado na suiça após a 1ª guerra mundial, mas só foi divulgado nos anos 80 pela Nestlé.
Além de tudo isso o chocolate também traz benefícios para a saúde. Além de ser ricio em vitaminas do complexo B, calcio, vitaminas E e C, estudos recentes mostram o cacau possui uma considerável ação antioxidante e quando consumido diariamente (o chocolate amargo gente)ocorre uma pequena diminuição na pressão sangüínea. No entanto o consumo demasiado dos outros tipos de chocolate, como o chocolate ao leite ou branco, o efeito pode ser inverso devido a quantidfade de açúcar e gorduras.
Muitos também acreditam que o chocolate é afrodisíaco, mas isso acontece devido a liberação de serotonina no hipotálamo que transmite um sensação de prazer. Mas não é essa a idéia?
Na gastronomia o chocolate é muito usado na confecção de doces, tortas, bolos biscoitos, mousses etc, mas pode também ser usado em pratos salgados como Mole poblano (prato da gastronomia tipica mexicana), molho para carnes de caça e outros.
Atendendo ao pedido de uma leitora e amiga Lucia hoje vou passar a receita de uma calda de chocolate super versátil. Essa calda pode ser usada para coberturra de bolos e tortas, sorvete e até mesmo como fondue de chocolate. Vou também passar uma receita da Nigella de um brownie de chocolate sem farinha MARAVILHOSO! Uma excelente pedida para o dia das crianças.

Fonte da pesquisa: Google, Wikipédia.


Foto: Google
Ganache de chocolate

300 ml de creme de leite fresco rótulo azul ( eu particulamente adoro o Ecila chantilly)
300 gr de chocolate meio amargo ( eu particularmente uso o Amaro da Lacta)
10 ml de licor ou conhaque ou whisky opcional

Preparo:

Rale o chocolate e reserve. Em uma panela aqueça o creme de leite fresco sem deixar ferver, apenas frevilhar. Apague o fogo e some o chocolate. Mexa bem até que a mistura esteja encorporada e homogenea. Some o licor.
Como as medidas são um pra um pode ser feito na quantidade desejada.

Brownies de chocolate sem farinha

225 gr de chocolate amargo, se puder 70% cacau
225 gr de manteiga
2 colheres de chá de essência de baunilha
200 gr de açúcar
3 ovos batidos
150 gr de amêndoas moídas
100 gr de nozes

Preparo:

Pré aqueça o forno a 200°C . Em uma panela de fundo pesado, derreta o chocolate e a manteiga em fogo baixo.
Tire a panela do fogo, some a baunilha e o açúcar e deixe esfriar um pouco.
Some então os ovos, as amêndoas e as nozes. Transfira a mistura para uma assadeira quadrada de 24 cm.
Asse por 25 a 30 minutosou até que a masa esteja firme por cima e ainda cremosa por dentro. Espere esfriar e corte em quadradinhos.
Rende 16 quadrados. – Fonte “Nigella Express receitas rápidas e saborosas. Ediouro 2 ª edição”
Cubra os brownies com a ganache que fica delicioso!
OBS:Essa receita não gruda na assadeira, mas caso você não tenha ou não queira nozes e amêndoas a receita dá certo, mas ai então vai grudar.

09 outubro 2010

Morangos...


Depois de ter abandonado por dois dias essa cozinha estou de volta com tantas idéias, tantos assuntos borbulhando na minha cabeça que nem seu por onde começar.  Essa é a melhor parte de ter um blog, pois é um espaço onde posso organizar os meus pensamentos, dividir minhas experiências, minhas frustrações quando as receitas não dão certo e futuros experimentos.
Não sei se vocês sabem, mas eu trabalho em casa organizando jantares para pequenos grupos ou apenas fornecendo tortas, quiches, patês, pastas enfim o suficiente para se receber amigos sem pompa e circunstância. Para mim isso é maravilhoso, pois posso passar mais tempo com o meu marido e as minhas cadelas, que no momento são três.
Bom, inspirada nesse meu trabalho, recebi uma encomenda para esse final de semana onde o cliente quis uma torta de morangos, mesa de frios, patê e quiches. Como estamos na época do morango eu vou falar um pouquinho sobre essa fruta fantástica.
De sabor extremamente delicado, agridoce e fresco, o morango é uma das frutas mais versáteis que tem, pois, podemos usá-lo em doces em geral como tortas, bolos, biscoitos e também em pratos salgados como molho para carnes fortes como o pato, javali, porco e avestruz.
O morango pertence à família Rosaceae, a mesma das rosas, pêras, cerejas e maças. Nativa das terras temperadas da Europa, hoje é cultivada em quase todo o mundo com sucesso.
Acredita-se também que além e saboroso o morango possui propriedades terapêuticas. Rico em vitaminas A, B, C fósforo, potássio e antioxidantes acredita-se que o morango é bom para os ossos, auxilia na cicatrização, a absorção de ferro, memória e há quem diga que é emagrecedor.
Com toda certeza a receita que vou passar hoje, de emagrecedora não tem nada, mas garanto que é deliciosa.
Torta de Morangos e Chantilly

2 caixas de morangos limpos e cortados em cubinhos -  Separe 1 para enfeitar
Massa
5 ovos inteiros
150 gr de açúcar
150 gr de farinha peneirada

Para a calda
½ xícara de açúcar
1 xícara de água

Para o Chantilly
700 ml de creme de leite fresco rótulo azul gelado
3 colheres de sopa bem cheias de açúcar
1 colher de chá de açúcar baunilha opcional (é um açúcar com sabor de baunilha)

Preparo

Massa
Pré aqueça o forno em 200°. Em uma batedeira coloque os ovos com o açúcar e bata por 15 minutos. Não tenha medo, a mistura triplicará de tamanho. Tem gente que prepara pão de ló diferente, separam as claras etc, eu acho que esse modo é o mais fácil de mais simples. Tire da batedeira, some aos poucos a farinha peneirada sempre de baixo pra cima com delicadeza para a massa mão murchar.
Coloque em uma forma de fundo removível com o fundo forrado com papel manteiga.
Coloque no forno por 20 minutos mais ou menos. O ponto é quando a massa está dourada em cima e o pulo do gato é: para ter certeza que a massa está bem cozida  pressione de leve o centro com o dedo se fica a marca do dedo não está pronto. A massa deve voltar a forma original depois de pressionada. Reserve.

Para o chantilly
Bata na batedeira todos os ingredientes na velocidade média para não espirrar. Prestar atenção no ponto, pois, o creme de leite se bater muito vira manteiga LITERALMENTE. Logo assim que o chantilly ficar com as marcas da pá da batedeira está bom. Reserve.

Para a calda
Coloque a água com o açúcar em uma panela em fogo médio apenas para dissolver. Se gostar pode aromatizar a calda com licor de aniz ou laranja.

Montagem
Corte o pão de ló ao meio. Coloque a primeira metade na forma. Regue com a calda. Misture os morangos cortados com metade do chantilly.  Recheie com os morangos.
 Coloque a outra metade do pão de ló. Regue com a calda e cuba com o chantilly restante. Decore com o morango e leve á geladeira por duas horas. Se quiser pode congelar.
Bon appétti !!!

05 outubro 2010

Manjericão

Foto: Google
Hoje pela manhã estava lendo o blog da minha prima, Comer e andar por ai (link está nos favoritos) e ela havia postado uma pequena matéria sobre os benefícios das ervas aromáticas e temperos. Ela também pedia uma receita de molho pesto, molho este, basicamente feito com manjericão. Como sou alucinada por qualquer espécie de tempero vou hoje falar um pouquinho sobre esta erva extremamente perfumada e altamente saborosa.
Foto: Google

O manjericão (Ocimum basilicum) é uma erva aromática e medicinal, conhecida desde a antiguidade por muitos povos como auxiliar na digestão, cefaléia relacionada à alimentação, cistite e mau hálito. Ele também é parte de uma cultura espiritual e rica em simbolismos, sendo, inclusive, considerado sagrado entre alguns povos hindus, por representar Tulasi, a manifestação da Mãe Divina na terra.
A família do manjericão é muito vasta, mas os tipos mais conhecidos são: o manjericão de folha miúda, o basilicão (folhas bem largas) e o manjericão roxo. Seu uso na gastronomia é muito diversificado, desde tempero para carnes, frangos, peixes e molhos, como também ingrediente principal de alguns pratos como a receita que vou passar hoje.
Molho Pesto
1 molho de manjericão desfolhado (apenas as folhas,  sem o caule) Eu particularmente uso muito o manjericão de folha miúda ou o basilicão.
Pinoli Foto: Google 
10 a 20 gr Pinoli (é tipo uma noz em forma de um grão de arroz)
Azeite de boa qualidade (acidez máxima de 0,5) mais ou menos meia garrafa 250 ml
2 dentes graúdos de alho descascados
Queijo ralado tipo Grana Padano ralado á gosto (opcional)
Sal e pimenta a gosto
Modo de preparo
Pegar o pinoli e colocar em uma frigideira. Mexer até dourar.
Colocar no liquidificador todos os ingredientes, menos o azeite. Ligar e ir somando em fio o azeite até que a mistura fique cremosa, porém grossa.
Servir com massas tipo penne ou fuzzili que absorvem bem o molho.
Outra maneira de servir: como molho de aves e peixes.
Pode se servido quente ou frio como salada e na ausência de pinoli pode usar nozes ou amêndoas descascadas e torradas.
Variação: Colocar na massa já pronta tomate seco em lascas, mussarela de búfala fatiada e pinolis salpicados.



Molho pesto Foto: Google


04 outubro 2010

Um pouco da minha história

Carpaccio de camarão com salmão defumado com pimenta rosa
foto: Carol Lacerda
Desde muito pequena fui acostumada pelos meus pais a comer de tudo, tudo mesmo, gostando ou não gostando (como dizia a minha mãe). Graças a essa criação acabei pegando o gosto por novas comidas e novos sabores.
Quando tinha dois para três anos de idade passei 2 meses na Cidade do México onde tive acesso as comidas típicas. Você deve estar pensando: " Mas como ela se lembra disso???". Bem, aí é que está eu não me lembro dos sabores apenas da pimenta que faz parte da minha vida até hoje e da vida do meu pai também.
Me recordo que no México TUDO levava pimenta. O mexicanos tem a tradição de colocar pimenta inclusive na mamadeira dos bebês. Doces como balas pirulitos também.
A partir desse momento o meu pai começou a me incentivar as experimentar coisas novas e exóticas.
Lembro como se fosse hoje, a primeira vez em que visitei um restaurante japonês. Lembro da relutância que foi, afinal gente, é peixe cru, lembro das caretas que eu fiz mas , mesmo assim, eu fui.
O restaurante ficava na Rua Visconde de Ouro Preto em Botafogo, o antigo Tanaka. Quando chegamos lá lembro dos cheiros do lugar, da iluminação tipo penumbra, das cortinas curtas pretas com uma flor branca que separavam o banheiro do salão e da tradicional bancada em frente ao sushiman onde sentamos. Fiquei paralizada olhado aquele balé das facas e a destreza com que ele fazia os adornos nos pratos como flores de cenouras e leques de pepino.
Assim que sentamos, meu pai começou a pedir e disse: " Filha, vou pedir uma coisa de cada vez e um pouco de tudo para você poder provar de ver o que você gosta mais."
E assim foi feito, ele pediu sunomono que é uma salada de polvo ou kani com pepino, sushi e sashimi. Desde então, não vivo sem um sashimni de vez em quando.
Atualmente os meus dois restaurantes favoritos são Yumê que fica na Rua Pacheco Leão, 758 - Jardim Botânico (http://www.yumekin.com)/ e o Togu que fica na Rua Dias Ferreira, 90, loja B - Leblon. Para quem gosta fica a dica.


Foto: Google

Sunomono Simples

2 pepinos japoneses cortados em fatias bem fininhas
2 colheres de sopa de gergelim torrado (preto e o natural misturados)
1 xícara de água
1 colher de sopa de açúcar
1 colher de sopa de sal
1/4 xícara de vinagre de arroz
5 ml de shoyo
1 pitada de glutamato monossódico (ajinomoto)
Kani laminado, polvo cozido laminado ou camarão á gosto(opcional)

Modo de fazer

Coloque os pepinos cortados de molho na água e sal, deixe por 15 minutos. Escorra bem os pepinos e acrescente os demais ingredientes. Mexa bem e sirva em seguida. Se quiser um sabor mais pronunciado do gergelim, acrescente algumas gotas de óleo de gergelim sobre a salada pronta ou então, se você tiver um moedor, moa o gergelim por cima da salada. Se quizer pode misturar o polvo, o Kani e o camarão.

03 outubro 2010

Para começar...

Quando falamos em comida, o assunto é bem abrangente, pois temos temperos, regionalidades, gostos, enfim uma infinidades de coisas que abrangem a gastronomia nacional e mundial.
Na minha opinião, o ato de comer em si não significa muito, já que apenas saciamos uma necessidade de nosso corpo. O que é importante na hora de comer é com quem dividimos esse momento ou como realizamos tal ritual (só ou acompanhado).
Como amante da boa gastronomia e chef de cozinha, resolvi criar este blog para que eu possa dividir experiências, receitas e opiniões.